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eu matei o Castello

Diante do destino inevitável, 120 segundos de queda livre, desenham em nossa mente um quadro aterrorizante.

Capa do Livro Eu Matei o Castello
Capa do Livro Eu Matei o Castello

Capítulo I

Itapocu, 1964

Estou trancado num quarto. Ele não me parece familiar, mesmo estando junto com meus outros três irmãos. Eles dormem. Eu escuto minha mãe alternando gargalhadas e gritos. As gargalhadas são sufocadas pelos gritos, parecendo que ela não quer nos amedrontar.

Eu Matei o Castello

Romance auto ficcional, investigativo e histórico. Memórias da minha infância se fundem aos registros históricos dos anos de chumbo. A ditadura militar e suas indeléveis marcas.

Eu nasci em 1960, em Joinville. Em 1964, com a ditadura instaurada, a nossa vida intrafamiliar, seria duramente marcada, com a transferência do meu pai, de Joinville para Itapocu, Distrito de Araquari, região norte do estado de Santa Catarina, para trabalhar como Agente do Posto do Correio e Telégrafo, que lá existia, deixando para trás o trabalho de locutor na Rádio Cultura, a vida boêmia como “crooner” de orquestras de baile, amigos e parentes.

A família ficou por lá até 1967, quando voltou para Joinville, trazendo na “bagagem” um Itapocuense – o meu quarto irmão Rinaldo Alfredo Gonsalves -, o único que tem a grafia do sobrenome gravada com a letra “s”.


Nos últimos anos venho pesquisando a respeito daquela época, para entender melhor esse desvio de percurso em nossas vidas, que resultou no alcoolismo que levou o meu pai à morte, aos 54 anos, e que deixou muitas sequelas em nossas vidas.


A ideia é escrever um romance que reúna fatos verídicos e fictícios.


Comprei o livro “Castello – A Marcha Para a Ditadura”, do Lira Neto, porque nas minhas lembranças dos anos vividos em Itapocu, minha mãe nos levou até as margens da BR-101, para ver o primeiro presidente da ditadura instaurada passar, inaugurando o asfaltamento ou recapeamento (?) daquela rodovia.

Culpo o Castello até hoje! Minha vingança – se eu conseguir ir até o fim -, será matá-lo.

Gonçalves Junior, Maio de 2022.

Locais Históricos

Mondubim, Julho-1967

Mondubim é um bairro de Fortaleza, localizado ao sudoeste da capital.

Santa Maria da Vitória, Setembro-1925

Fica na borda esquerda do Rio Corrente, na Bahia.

Joinville, Outubro de 1934

A Cidade dos Príncipes está localizada no estado de Santa Catarina.

Blog

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V.I.T.R.I.O.L

Visita Interiora Terrae, Rectificando, Invenies Occultum Lapidem

“Visita o Centro da Terra, retificando-te, encontrarás a Pedra Oculta”. Eu visitei!

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Capa do Livro Eu Matei o Castello
INCENTIVOS + CRÍTICAS + SUGESTÕES

Com a palavra os leitores

Ser escritor nunca é uma caminhada solitária. Tenho os personagens, os incentivadores e os primeiros leitores – e isso me basta!

Excelente tema e com forte poder de marketing! Curiosa para ler o seu livro também!

Dou todo apoio a esse tema e conteúdo. Já quero ler seu livro!!!

Raciel, eu vivi esse período, acompanhei de perto toda a violência que se instalou no Brasil com o Golpe Militar e a instalação da Ditadura. Perseguições políticas, perda de direitos civis, prisões arbitrárias, tortura e morte de muitas pessoas apenas por discordarem do regime. Existe um farto material à disposição para sua pesquisa, esse período de 1964 até o ano de 1990, quando se teve novamente a oportunidade de eleições livres para a presidência da República é um período fartamente documentado. Acredito que você não terá dificuldade em sua pesquisa.

Talvez esse cara pode te ajudar Pedrão Cordelista . Tente

Renilda Maria
Renilda MariaJoinville (SC)

Nao é livro, mas filme. Quentin Tarantino conseguiu matar Hitler em bastardos inglórios e Charles Manson em Era uma vez em Hollywood. Então, meu amigo, na licença poética você pode matar esse maldito Castello, sim.

Dan Hauck Falabella
Dan Hauck FalabellaRound Rock, TX – EUA

Caro amigo, é porque não temos isso resolvido que até hoje amargamos desses ímpetos fascistas que teimam em ressurgir dos esgotos. Bela iniciativa a sua. Quando sair o livro estarei na fila por um exemplar autografado.

José Soares
José SoaresIndaiatuba (SP)

É necessário lembrar a tortura e a falta de liberdade nos tempos da ditadura. Quanto ao estrago geral, especialmente na política e economia, quase não se escreve. Por exemplo, a ideologia positivista “comteana” seguida pelos militares e a declaração de “default” (quebra) do país em 1982.

Hélio Ilha
Hélio IlhaVenâncio Ayres (RS)

Raciel, eu tinha 18 anos em 1964 e grande interesse em acompanhar os fatos de nossa história. Em primeiro lugar e necessário separar o movimento em dois momentos: 1964 e 1968. A verdadeira ditadura instaurou-se em 68 com o AI5. Castelo não foi cruel e sanguinário como os generais que vieram a seguir. Inclusive há muitas dúvidas sobre o acidente aéreo em que morreu.

Robert Grantham
Robert GranthamEmpresário. Navegantes (SC)

Adorei isso!! Sou de 1963, São Paulo! Senti vontade de mapear minhas lembranças!!

Célia Silva
Celia SilvaSão Paulo

A turma da linha dura chegou antes.

Hélio Freire
Hélio FreireCuritiba (PR)
Galeria de Amigos
Joel Mezadri

Joel Mezadri

Advogado

Caro, o Jean me pôs a par do início do teu ano sabático, um tempo próprio e livre de invasores, para ler e escrever. Jamais tive tamanha coragem. Apavora-me a ideia de descer nos porões do meu ser e lá encontrar abertas algumas indesejáveis gavetas da minha miserável existência. Melhor não! Você é corajoso; eu, resistente. Talvez por isso preciso – sempre-, de um (apenas um) ser vivo por perto. Boa e venturosa estadia nestes confins da tua alma de escritor. Fraterno abraço!