Morte de Castello Branco: mistério que dura 55 anos

Acidente que matou Castello Branco completou 55 anos em 18 de julho último e ainda é a mais misteriosa e controversa morte de um ex-governante brasileiro

Em 18 de julho de 1967, dois aviões se tocaram no céu e deixaram no ar um rastro de mistério que perdura há 50 anos.

Foi numa terça-feira de tempo bom, visibilidade praticamente ilimitada e nebulosidade insignificante.

Retornando de Quixadá para Fortaleza, a bordo de um bimotor Piper Aztec e acompanhado de outros três passageiros, além do piloto e copiloto, estava o ex-presidente Humberto de Alencar Castello Branco, único cearense a ter cumprido um mandato presidencial (1964-1967).

O primeiro governante da ditadura militar (1964-1985) tinha perfil considerado “moderado” entre os altos escalões das Forças Armadas.

Em seu discurso de posse, em 15 de abril de 1964, o cearense falava de “eleições em 1965”.

Quando do acidente, havia deixado o poder em um momento de ascensão do grupo chamado “linha dura”, cuja liderança foi também exercida por seu sucessor, Arthur da Costa e Silva.

Era a primeira vez que Castello visitava o Ceará desde sua saída da presidência. Na noite anterior, havia visitado a escritora Rachel de Queiroz, sua amiga.

Na viagem de volta, depois de aproximadamente 40 minutos de voo, ocorreu o incidente que dividiria os brasileiros. De um lado, aqueles que acreditavam (e ainda acreditam) em conspiração seguida de assassinato. Do outro, os que creem em fatalidade.

Fonte: O Povo. Disponível em https://www.opovo.com.br/jornal/dom/2017/07/morte-de-castelo-branco-misterio-que-dura-meio-seculo.html

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